terça-feira, 31 de julho de 2012

A MINHA CASA

    Cada ano, um tijolo. 
Sei que ninguém nasce pronto, vai se construindo, se fazendo aos poucos.

    A casa vai tomando sua forma e embora não esteja feita, já tem capacidade para acolher quem chega.

  Acolher quem nela adentra e torna-se também tijolo, fragmento e parte que compõe o meu todo.

   Perceber que a história, 
em forma de semente e escola, produziu o meu eu agora.

   Quem fui, quem sou, quem serei?

  Os anos vêm e vão. O tempo passa e os tijolos permanecem na casa; outros chegam para inová-la e continuar a sua perene construção.

   É o que disse acima, a casa ainda está em construção, mas sempre tem as portas abertas para acolher quem chega nesse espaço que é o coração.

   A alegria prevalece nesse dia, pelo Autor (Deus) e autores (meus pais) do maior dom que possuo: o dom da VIDA.

   Eis meu coração e minha palavra de gratidão a todos que fazem parte e constroem a minha casa. 
A casa do meu eu, planejada e perenemente cuidada pelo próprio Deus. 



sábado, 28 de julho de 2012

BUSCAR...



“ENTENDER O QUE SE BUSCA PARA
ENCONTRAR O QUE PRECISA”


Uma frase que li num PVC da poltrona do avião e que motivou tal reflexão.
A frase condensa a complexidade de significados que permeiam a própria vida.
Ora, a vida é uma eterna busca. Buscamos mesmo sem saber, e também sabendo  o que queremos, o que necessitamos. Parece que somos então constituídos de uma ausência que nos faz cada vez mais buscar.
Mas é preciso entender o que se busca. Não no sentido de raciocinar todas as coisas, limitando as agradáveis surpresas que dinamizam a vida, mas no sentido de ter em mente, ainda que seja discretamente, um plano, um objetivo e enfim, um porto para o qual se deseja partir e chegar.
“Se não sabe à qual porto quer chegar, vento algum lhe será favorável”(Sêneca). O entendimento do que se busca deve passar também pelo critério da convivência interna consigo mesmo, nas metas estabelecidas e alcançadas.
Ora, entender significa entrar na tenda. Ou seja, é preciso refletir sobre o significado da vida e mais do que isso, qual o significado que eu dou para a vida naquilo que sou e faço.
Nem sempre o que julgamos precisar é o que vitalmente necessitamos de fato. Temos nossas necessidades, primárias e secundárias, e que produzem motivação às nossas buscas. Somos então motivados pelas nossas necessidades, tanto no aspecto físico quanto no subjetivo, como reza a teoria de Maslow.
Conhecer as necessidades e os próprios limites deve nos tornar mais humildes e dóceis ao próximo. O que não significa dizer que vamos atrofiar em nós a ambição (diferente da ganância) de querer sempre mais buscar satisfazer as nossas necessidades.
É preciso PDCA ( Planejar, Desenvolver, Controlar e Agir), máxima teórica dos administradores que dinamizam e vitalizam todo o processo cíclico da Administração. Sabendo que o Planejamento é uma forma de diminuir as incertezas acerca do futuro e uma forma de nortear o Desenvolvimento, o Controle e todo o Agir no processo da própria vida.
A minha necessidade é o alarme que desperta a minha busca.
Qual busca? Primeiramente a de conhecer a minha própria busca, e assim ter um caminho para seguir.
Caminho velho ou novo, mas jeito de caminhar sempre mais proativo, inovador, humilde, simples e ambicioso. Jeito de quem é inquieto em querer logo a tranquilidade.



segunda-feira, 9 de julho de 2012

ELOGIOS E CRÍTICAS


    




    Qual a sua reação ao receber um elogio?
   O elogio é algo bom que dá certa motivação ao coração, às ações, enfim, dá um ânimo novo para a vida.
    Porém, muitas vezes não conseguimos enxergar em nós aquilo que as pessoas enxergam. Às vezes desconfiamos das nossas próprias capacidades e dons, sentimo-nos incapazes e criamos inúmeros complexos perante os outros, e assim, sentimo-nos surpresos e indignos dos elogios.
   Também há outro tipo de reação perante um elogio: o orgulho. Acontece quando não sabemos agradecer o elogio de alguém ou queremos diante dele receber outro maior; e sempre arranjamos uma justificativa. Por exemplo, um músico ao ser elogiado por sua arte, ao invés de agradecer, fala algo do tipo: “o som não estava bom hoje”,“Estou meio gripado, minha garganta tá ruim” ou ainda, “Não ensaiei bem”.  Ou seja, ao invés de agradecer o elogio, coloca-se um “gelo” no elogio cordial da pessoa que o elogiou.
   Elogiar é uma virtude de alteridade, de liderança, de reconhecimento e que exige maturidade. Mas ao escutar justificativas que “congelam” o elogio e que detectam ingratidão e orgulho do elogiado, é possível que a pessoa que elogiou volte atrás e/ou até mesmo transforme o elogio em crítica.
   Para aceitar um elogio é preciso humildade, virtude oposta ao orgulho.
      Mas não devemos fazer as coisas somente com o objetivo de sermos elogiados. Devemos em tudo aquilo que fazemos colocar tudo aquilo que somos. Ou seja, colocar nossa intenção, nosso coração, e dar sempre o nosso máximo.
  Quando damos o nosso máximo, atingimos a satisfação pessoal. Tendo a consciência tranquila que sabe e prepara-se para as consequências inevitáveis: os elogios e/ou as críticas.
    Mas se fizermos as coisas pensando nos elogios e/ou nas críticas, não conseguiremos realizá-las bem, pois sempre ficaremos insatisfeitos e o agir tornar-se-á isento de liberdade no sentido de necessitar sempre de um feedback para se completar. Não que o feedback não seja importante, ele o é enquanto critério de autoavaliação. 
     Não devemos ter medo do erro, das críticas, pois muitas vezes por medo de errar deixamos de acertar.
     É preciso fazer tudo dando o máximo e aprender a valorizar o próprio know-how. Não se pode fundamentar o agir nos elogios e nas críticas. Eles são acidentes, não podem ser essência.
    Portanto, diante de um elogio, saibamos dizer: “Obrigado! Que bom que você gostou! Isso me motiva!...” ou coisas do tipo. E também diante da crítica saibamos dizer: “Obrigado, vou melhorar” ou “Vou procurar a correção e na próxima vez farei melhor”.
    Sobretudo, receber um elogio é também receber um novo compromisso, no comprometimento de continuar a agir do mesmo modo justificando assim o reconhecimento.
  "Quem sabe dar no mínimo o máximo tem maturidade para receber os elogios e também as críticas sem orgulhar-se e sem frustrar-se".