Eis que o futuro é agora, a partir do que sou e faço nessa hora.
Eu o idealizo na realidade
que possuo, tal e qual as sementes...
São pequenas, mas são inteiras, trazem em si a capacidade da VIDA.
No processo natural e sobrenatural de plantar, cultivar, frutificar para se poder semear.
As sementes também é a minha mente,
Tenda em que habito e arquiteto o próximo passo, a próxima ação, o meu mundo.
Portanto, o futuro não está distante, ele é o atual instante.
É o já agora que inicio, a partir do que elejo como importante a um objetivo.
Eu posso diminuir as incertezas, planejando melhor o amanhã a partir do hoje
Maneira correta de preparar o futuro, pois afinal: eu o construo.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
sábado, 9 de março de 2013
PAI PRÓDIGO
Reflexão poética sobre a
parábola do filho pródigo.
O que é ser
pródigo? É ser esbanjador, gastar sem limites o que se tem. Nesse sentido,
o pródigo da estória é o Pai, que não limitou a sua capacidade de amar no
acolhimento surpreendente ao filho rebelde. A tristeza (de ver o filho partir e
a herança pedir), a saudade (na esperança de aguardá-lo diariamente na
varanda) e a alegria do Pai ( de ter o filho de volta) são
perceptíveis nesse itinerário.
Parábola que busca
mostrar a grandeza inesgotável do amor de Deus por cada um de nós. Tantas vezes
nos afastamos dele, tal e qual os filhos representados na parábola. Seja o
filho mais novo que foge, pede a herança (e então a morte do pai), seja o mais
velho que sente inveja do irmão e sente-se “esquecido” pelo pai.
É bom sentir-se acolhido
na surpresa do amor. É como aquele filhinho que apronta algo de errado e teme
que a mãe (ou pai) descubra. Mas quando percebe que a mãe não o culpa, mas o
abraça, brota o arrependimento e um novo desejo de viver sob o impulso vital
daquele abraço, daquele amor.
Esta figura acima, o
quadro "A volta do Filho Pródigo" de Rembrandt, mostra
o pai que acolhe o filho. Teriam muitos detalhes para se comentar, mas um em
especial se destaca: o detalhe das mãos do pai. Elas têm um aspecto masculino
(mão esquerda) e também feminino (mão direita), para dizer que Deus também tem
a ternura de uma mãe e não só a “severidade” de um pai. Ou seja, a severidade
paterna de Deus é demonstrada através de uma ternura materna.
Deus foge da lógica
humana, que privilegia o mérito e sua recompensa, Ele sempre vai além com
aquilo que ele é e tem: AMOR.
Deixemo-nos amar, deixemo-nos
abraçar por Deus, sem pressa que corrói o que é profundo, sem raciocinar muito,
apenas sentir no coração esse amor. Se quisermos falar alguma coisa, que seja
através do silêncio e das lágrimas ( a
linguagem do coração). Nelas, um coração arrependido e, sobretudo, agradecido
por tão grande amor Humano e Divino.
Quando somos amados por
Deus, haurimos dele uma capacidade para amá-Lo no afã de também
querer amar os que fazem parte da nossa vida e os que ainda precisam fazer;
Àqueles que precisam ser acolhidos, numa projeção do acolhimento que Deus
sempre tem por nós.
Enfim, o filho soube retornar
Àquele que jamais deixou de acreditar na sua volta. A motivação não foi a fome
do pão, mas a fome afetiva, o grito do coração que o fez retornar ao lugar
seguro, à "casa do amor".
"A lembrança é o órgão
da fé e do amor", rezam os judeus. Lembrar-se de Deus e da segurança cordial que Ele proporciona já
é uma maneira de retornar e querer ficar.
Façamos essa experiência
do retorno à Casa do Pai para percebermos a grandeza do Amor Divino.
O amor... a força
que dinamiza a vida.
PAI
PRÓDIGO
Muito mais pródigo que o Filho foi o Pai
Porque agiu de forma inesperada.
Agiu de forma errada, nem o próprio filho esperava.
Aquele filho queria ser apenas servo
Porque teve consciência do erro cometido,
Mas logo que a casa retornou
Percebeu que o Pai “errou” porque o acolheu como filho.
-”Esse Pai é pródigo, como pode me aceitar?!... Eu que desejei
sua morte pedindo já a herança...
Abraça-me, acolhe-me e não faz nenhuma cobrança”.
Esse Pai é Pródigo...
Porque não limita o seu amar.
Esse “erro” concertou o erro do filho.
Ele tinha fome e na casa do Pai viu uma solução para fome acabar.
Mas quando pelo Pai deixou-se abraçar,
Não foi mais a barriga, mas foi o coração a gritar.
Nesse grito um coração arrependido
Surpreendido pelo amor desmedido
do Pai pródigo por amor.
Coração que devolveu o que tinha se perdido
A dignidade de Filho, que O encontrou e se reencontrou.
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