sábado, 20 de novembro de 2010

Acertar é humano!


ACERTAR É HUMANO

“Acertar é humano” é um confronto direto a um dito paradigmático que a sociedade em geral assumiu para justificar algum erro: “ERRAR É HUMANO!”
Diante de um erro muitos de nós usamos esse dito popular como justificativa. Mas será que ela às vezes não se torna uma fuga da responsabilidade de acertar e/ou assumir os erros?
            O que é ser “humano”? E o que é errar? Ser um “Humano” faz parte da nossa vocação primordial, a vocação à vida, de sermos criados por Deus, à Sua Imagem e Semelhança. Por sermos criados dessa maneira, nossa humanidade está revestida de Deus e, portanto, está revestida da Bondade e de Bem. É bem verdade que o pecado original manchou essa dignidade primordial; contudo, Jesus Cristo, através da sua vida, morte e ressurreição, nos devolveu tal dignidade, que assumimos em totalidade no batismo.
Ser humano é assumir nossa participação com o Divino. É assumir valores existentes em nós a partir de nossa liberdade. A liberdade que encontra sua perfeição quando orientada para o Bem, através da vontade (inclinação natural) e da razão, no fim último de cada ato realizado, que deve ter sempre como pressuposto a vontade de Deus.

O erro pode ser visto de duas maneiras: O erro descomprometido para com a Verdade do que realmente somos, de forma proposital; e o erro que acontece quando existe tentativa do acerto, da busca do bem, da felicidade.
Em geral, ninguém erra porque quer, há circunstâncias que levam ao erro que às vezes não conseguimos enxergar. Muitos erram porque se enganam, e o engano por vezes é pior que o erro. Pois quando erramos temos mais chances de retornar à Verdade do que quando estamos enganados, pois o engano faz com que sejamos detentores de uma Verdade criada por nós somente, e isso obstaculiza abusca de uma autêntica verdade.
No sentido de querer acertar, o erro pode sim ser considerado “humano”, mas não é o sentido pleno do conceito. Isto porque acertar também é humano, e, aliás, acertar é a normalidade do ser humano, aquele que foi criado à Imagem e Semelhança de um Deus perfeito.
Por isso não quero afirmar ou discordar desse dito popular que perdura há anos, quem sou eu! Mas quero apenas deixar essa reflexão para que nossos erros não sejam mais vistos como mera culpa da nossa humanidade, mas que saibamos assumir os próprios erros e mais do que isso, querer estar sempre comprometido com a Verdade.
Que saibamos sempre assumir os valores que há em nós e lutarmos para que em cada ato nos esforcemos para acertar. Isso sim é ser humano. Assim poderemos quebrar esse paradigma e dizer com propriedade: ACERTAR É HUMANO!!!

 


sábado, 13 de novembro de 2010

Um ano de namoro!!!

Um ano de namoro!



Um ano se completou e o que se pode constatar é destacar aquilo que ficou no que passou.

O que ficou? É o que permanece na continuidade e normalidade extraordinária dos dias: o AMOR! Na sua dinâmica inesgotável, em sua pedagogia surpreendente e na transformação constante que ele provoca a quem o toca.
O amor... Um batismo que o coração recebe. Uma força sobrenatural que unifica, qualifica, harmoniza e dignifica o que é humano.

 Nós tocamos e fomos tocados pelo amor. Desde o 1º encontro até o dia de hoje estamos sendo por ele conduzidos. O amor é o sinônimo exímio de tudo aquilo que é Divino.
É Deus o nosso compositor, Aquele que compõe a nossa história através da Sua providência, em sua contínua presença e eficaz benção.

365 dias de namoro! Cada dia, uma página escrita com as tintas da própria vida. É o nosso livro que estamos fazendo. Não está pronto, mas está sendo escrito aos poucos. As 365 páginas já escritas não são passageiras, são pedagógicas, têm muito valor e inspiram a ulterior escrita no seu prosseguimento.

O sentimento cresce, amadurece e se renova. O álcool da paixão momentânea já não é tão necessário, o fogo já é sustentado pela lenha do amor perene. Para nós, a palavra amor não é vazia, é encarnada, é personalizada e, por isso, pode ser compreendida sensivelmente.
 Encontrar, conhecer e estar com você, caminho inverso que também posso fazer. Buscando a mim mesmo (nas virtudes e defeitos) eu posso reparar e preparar melhor o meu EU. O EU pode acolher e ofertar-se ao TU, e assim, formar melhor o NÓS.

Não cansemos de caminhar assim, comprometidos um com o outro na partilha e acolhida da felicidade que nos visita. Caminhando assim, seremos o que somos na vivência da realidade que idealizamos. Pois o matrimônio de amanhã é conseqüência do namoro de hoje.
Embora queira escrever e homenagear, as palavras e os gestos não traduzem em totalidade aquilo que sinto no coração. “O amor foge a dicionários e a regulamento vários” (C.D.A.), ele é essencialmente real e manifesta-se comumente na simplicidade.
Que o nosso fim seja reflexo do nosso início, e o nosso início seja sempre o hoje e o agora. Não importa tanto os anos e dias de vida de namoro, o que importa é a VIDA em todos os anos e dias de namoro.
Já não é mais segredo, vou gritar para o mundo inteiro: EU TE AMO! e nada irá me impedir de continuar a te amar assim.





ELOGIOS E CRÍTICAS

         
            Qual a sua reação ao receber um elogio?
            O elogio é uma coisa boa que dá certa motivação ao coração, às ações, enfim, dá um ânimo novo para a vida.
            Porém, muitas vezes não conseguimos enxergar em nós aquilo que as pessoas enxergam. Desconfiamos dos elogios das pessoas, principalmente por desconfiarmos das nossas próprias capacidades e dons. Sentimo-nos incapazes e criamos inúmeros complexos perante os outros; ficamos no achismo de nos considerar sempre inferiores, e assim, sentimo-nos surpresos e indignos dos elogios.
            Também há outro tipo de reação perante um elogio: o orgulho. Não sabemos agradecer o elogio de alguém, ou queremos diante de um elogio receber outro maior, e sempre arranjamos uma desculpa, um erro na nossa ação. Exemplo: Eu sou um "músico” e de repente alguém chega para elogiar-me e eu, ao invés de agradecer, falo algo do tipo: “o som não estava bom hoje” ou “Estou meio gripado, minha garganta tá ruim” e ainda, “Não ensaiei bem”.  Quer dizer, ao invés de agradecer o elogio, eu coloquei um obstáculo naquilo que a pessoa elogiou. Esse obstáculo não é outra coisa a não ser o orgulho e a prova de que o agir não teve uma boa raiz na intenção.
            Uma pessoa quando nos elogia, elogia com sinceridade, porque ela gostou do que viu, ouviu, experienciou, percebeu, e quando ela escuta tais justificativas, talvez possa voltar atrás a tudo que falou. Quem percebe o orgulho e a falta de gratidão a um reconhecimento natural pode mudar o seu conceito e transformar com facilidade e razão o elogio em crítica.
            Para aceitar um elogio é preciso humildade, virtude oposta ao orgulho.
            Mas não devemos fazer as coisas somente com o objetivo de sermos elogiados. Devemos em tudo aquilo que fazemos colocar tudo aquilo que somos. Ou seja, colocar nossa intenção, nosso coração, e dar sempre o nosso máximo.
            Quando damos o nosso máximo, atingimos a satisfação pessoal e isso nos alegra. O que vem depois são as conseqüências inevitáveis: os elogios e/ou as críticas.
            Se fizermos as coisas pensando nos elogios e/ou nas críticas, não conseguiremos realizá-las bem, pois sempre ficaremos insatisfeitos, o agir torna-se isento de liberdade e sempre necessitará de um feed-back para se completar.
            Na vida, no agir do dia a dia não devemos ter medo de errar, muitas vezes por medo de errar deixamos de acertar, por medo de ser triste deixamos de ser feliz, por medo de chorar deixamos de sorrir e assim por diante.
            Faça tudo dando o seu tudo, o seu máximo. Aprenda a elogiar a si mesmo, aprenda a valorizar o seu know-how. Não paute mais o seu agir nos elogios e nas críticas. É bem verdade que todo nosso agir têm conseqüências, isso é imutável, mas as conseqüências não podem determinar nosso agir.
            Portanto, diante de um elogio, saiba dizer: “Obrigado! Que bom que você gostou, isso me alegra...” Coisas do tipo. Porque o elogio é reconhecimento de algo bom, e isso deve tornar o elogiado melhor ainda.
            Em suma, se o que fazemos tem como raiz e intenção os elogios e/ou medo das críticas, o resultado presente em nós após cada ação será orgulho e/ou a frustração; se fizermos com o coração, dando o nosso máximo, o resultado presente em nós será motivação, animo e alegria.
            Sobretudo, receber um elogio é também receber um novo compromisso de continuar a agir do mesmo modo que agimos até o momento presente.
            Quem sabe dar no mínimo o máximo tem maturidade para receber os elogios e também as críticas sem orgulhar-se e sem frustrar-se.