sábado, 13 de novembro de 2010

ELOGIOS E CRÍTICAS

         
            Qual a sua reação ao receber um elogio?
            O elogio é uma coisa boa que dá certa motivação ao coração, às ações, enfim, dá um ânimo novo para a vida.
            Porém, muitas vezes não conseguimos enxergar em nós aquilo que as pessoas enxergam. Desconfiamos dos elogios das pessoas, principalmente por desconfiarmos das nossas próprias capacidades e dons. Sentimo-nos incapazes e criamos inúmeros complexos perante os outros; ficamos no achismo de nos considerar sempre inferiores, e assim, sentimo-nos surpresos e indignos dos elogios.
            Também há outro tipo de reação perante um elogio: o orgulho. Não sabemos agradecer o elogio de alguém, ou queremos diante de um elogio receber outro maior, e sempre arranjamos uma desculpa, um erro na nossa ação. Exemplo: Eu sou um "músico” e de repente alguém chega para elogiar-me e eu, ao invés de agradecer, falo algo do tipo: “o som não estava bom hoje” ou “Estou meio gripado, minha garganta tá ruim” e ainda, “Não ensaiei bem”.  Quer dizer, ao invés de agradecer o elogio, eu coloquei um obstáculo naquilo que a pessoa elogiou. Esse obstáculo não é outra coisa a não ser o orgulho e a prova de que o agir não teve uma boa raiz na intenção.
            Uma pessoa quando nos elogia, elogia com sinceridade, porque ela gostou do que viu, ouviu, experienciou, percebeu, e quando ela escuta tais justificativas, talvez possa voltar atrás a tudo que falou. Quem percebe o orgulho e a falta de gratidão a um reconhecimento natural pode mudar o seu conceito e transformar com facilidade e razão o elogio em crítica.
            Para aceitar um elogio é preciso humildade, virtude oposta ao orgulho.
            Mas não devemos fazer as coisas somente com o objetivo de sermos elogiados. Devemos em tudo aquilo que fazemos colocar tudo aquilo que somos. Ou seja, colocar nossa intenção, nosso coração, e dar sempre o nosso máximo.
            Quando damos o nosso máximo, atingimos a satisfação pessoal e isso nos alegra. O que vem depois são as conseqüências inevitáveis: os elogios e/ou as críticas.
            Se fizermos as coisas pensando nos elogios e/ou nas críticas, não conseguiremos realizá-las bem, pois sempre ficaremos insatisfeitos, o agir torna-se isento de liberdade e sempre necessitará de um feed-back para se completar.
            Na vida, no agir do dia a dia não devemos ter medo de errar, muitas vezes por medo de errar deixamos de acertar, por medo de ser triste deixamos de ser feliz, por medo de chorar deixamos de sorrir e assim por diante.
            Faça tudo dando o seu tudo, o seu máximo. Aprenda a elogiar a si mesmo, aprenda a valorizar o seu know-how. Não paute mais o seu agir nos elogios e nas críticas. É bem verdade que todo nosso agir têm conseqüências, isso é imutável, mas as conseqüências não podem determinar nosso agir.
            Portanto, diante de um elogio, saiba dizer: “Obrigado! Que bom que você gostou, isso me alegra...” Coisas do tipo. Porque o elogio é reconhecimento de algo bom, e isso deve tornar o elogiado melhor ainda.
            Em suma, se o que fazemos tem como raiz e intenção os elogios e/ou medo das críticas, o resultado presente em nós após cada ação será orgulho e/ou a frustração; se fizermos com o coração, dando o nosso máximo, o resultado presente em nós será motivação, animo e alegria.
            Sobretudo, receber um elogio é também receber um novo compromisso de continuar a agir do mesmo modo que agimos até o momento presente.
            Quem sabe dar no mínimo o máximo tem maturidade para receber os elogios e também as críticas sem orgulhar-se e sem frustrar-se.

Nenhum comentário:

Postar um comentário